data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Claudio Vaz (BD, Diário)Fatores como o tipo de solo e de vegetação do bioma pampa, a Mata Atlântica, o clima e outros são alguns dos elementos que influenciam na autenticidade e qualidade do mel que é produzido em alguns municípios da região central do Estado. Pensando em melhorar essa produção e garantir mais rentabilidade aos apicultores, bem como fomentar diferentes setores, algumas entidades estão trabalhando na busca pelo selo de reconhecimento como indicação Geográfica do Mel do Vale do Jaguari.
São elas a URI Santiago, a Federação Gaúcha de Apicultores e o Instituto Federal Farroupilha São Vicente do Sul, que, com apoio do Sebrae, criaram o Arranjo Produtivo Local (APL) do Mel e enviaram a solicitação de registro desse selo para o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
Conforme o gestor do Polo de Modernização Tecnológica Vale do Jaguari, Júlio Cesar Wincher Soares, a ideia é que essa certificação possa impulsionar toda a cadeia produtiva do mel.
- Já trabalhamos há algum tempo na identificação do tipo de abelhas que temos na região, na capacitação dos apicultores e, agora, estamos voltados ao reconhecimento da nossa produção. Nosso mel já ganhou o mercado nacional e, a partir desse selo, será possível chegar a países como Estados Unidos e Alemanha, por exemplo - destaca o professor.
Abertura do plantio da soja no Estado terá presença do governador
Hoje, a produção de mel daquela região é tida como uma atividade familiar, onde os pequenos produtores têm amparo da federação, segundo o presidente Ademir Haettinger, no sentido de fornecimento de abelhas rainhas e colmeias, acesso a agroindústrias e a sala do mel, para extração e envase, entre outros processos necessários. A ideia é aumentar ainda mais essa produção.
- Queremos o reconhecimento como região do mel. Quem sabe, futuramente, possamos criar, inclusive a Fenamel, para apresentar os produtos que podem ser criados a partir do mel, e com isso, fomentar ainda mais nossa cadeia - destaca Haettinger.
BENEFÍCIOS
Para o vereador de Santiago, Fernando Oliveira (PP), que também está engajado na busca pelo selo de reconhecimento, a iniciativa irá trazer muitos benefícios sociais e culturais à região.
- Além de garantir capacitação e acesso à tecnologia aos produtores, isso vai fortalecer outros setores como economia, turismo e, até mesmo a preservação do meio ambiente - analisa Oliveira.
Vaquinha é criada para apoiar mecânico que teve oficina incendiada em Restinga Sêca
Conforme Henrique Tamiosso, professor do Instituto Federal Farroupilha, o objetivo é protocolar o selo de reconhecimento junto ao Inpi ainda neste segundo semestre de 2021.
Além disso, entender a cadeia do mel também pode impactar no melhoramento de outras culturas, como soja e canola, já produzidas na região, bem como a rastreabilidade das abelhas.
Outra meta do grupo é a criação, junto de alguma instituição financeira, de uma linha de crédito específica para produtores de mel. Atualmente, o Vale do Jaguari é referência nacional e internacional na produção de mel de alta qualidade, sendo o terceiro maior produtor brasileiro.